Conformação em vacas leiteiras tem sido, há décadas, uma importante ferramenta de seleção genética. Mesmo que as características lineares de conformação não sejam o principal foco em alguns programas de seleção, dar atenção a estas propriedades irá garantir, além de um animal equilibrado, a possibilidade de corrigir possíveis problemas morfológicos no rebanho.
Características lineares de tipo podem diferir muito na quantidade de variação que apresentam e em herdabilidades. Estas diferenças implicam no quanto de progresso fenotípico podemos esperar ao utilizar touros com diferentes provas. Para ajudar a entender o que as provas de touros realmente significam para estas características, a Lactanet criou tabelas que relacionam as provas dos touros com o fenótipo esperado da média das filhas de primeira lactação. Vamos entender mais a seguir:
O básico das avaliações de tipo
As avaliações genéticas para as propriedades de conformação no Canadá, expressam a relativa superioridade de touros e vacas para características lineares, conforme expressas em animais de primeira lactação. As avaliações genéticas são calculadas utilizando dados do programa de classificação da Holstein Canadá para as diversas características lineares. No cálculo é utilizado uma escala de 1 a 9 pontos. Para todas as características, as avaliações publicadas são padronizadas e expressas em relação a base genética, que é definida na raça Holandesa como os touros provados nascidos no período mais recente de 10 anos. A prova média para este grupo de touros (base genética) é forçada a zero, com um desvio padrão de 5 pontos. Com isto, cria-se uma escala de provas que varia de -15 a +15.
Importante lembrar que, uma vez que as avaliações são padronizadas para uma base genética, uma prova de touro igual a zero é representativa do touro médio.
Análise Atualizada
A Lactanet realizou recentemente uma análise para determinar a relação entre as provas dos touros para cada característica linear de tipo e o fenótipo médio das filhas, ou a pontuação esperada na classificação na primeira lactação.
As tabelas abaixo mostram a relação entre as provas dos touros e a pontuação linear média das filhas de primeira lactação, na classificação para as raças Holandesa e Jersey. Para cada raça e cada característica, as tabelas contêm os valores médios na classificação das filhas de primeira lactação dos touros com prova igual a zero, bem como o ganho em pontuação a cada 5 pontos a mais na prova do touro. Para as características que são objetivamente medidas para converter em pontuação, as medidas médias das filhas são colocadas. Como exemplo, veja a característica de estatura na raça Holandesa na tabela 1.
Neste exemplo, interpretamos a tabela da seguinte forma. Para touros com prova igual a zero para Estatura, as filhas de primeira lactação terão, em média, uma pontuação de 6,46, na escala de 1 a 9, na classificação linear. Para cada 5 pontos a mais na prova do touro, teremos um aumento de 0,45 pontos na classificação. Desta forma, um touro com prova de +5 para estatura teria filhas de primeira lactação com média de 6,91 de pontuação na escala de 1 a 9 na classificação. A segunda parte da interpretação para esta característica funciona da seguinte forma: como estatura é uma característica com medida objetiva (que depois é convertida em pontuação), podemos ver a medida média específica para filhas de primeira lactação de touros com prova igual a zero – que é de 150,31 cm. Ou seja, em média, as filhas de touros com prova igual a zero na raça Holandesa, na primeira lactação irão medir 150,31 cm. Para cada 5 pontos a mais na prova do touro, teremos um aumento de 1,15 cm. Ou seja, um touro com prova +5 para estatura teria, em média, filhas com 152,46 cm na primeira lactação.
É importante mencionar que as tabelas estão baseadas em animais que representam a média da população. Sabemos claramente que os rebanhos diferem entre si e, obviamente não teremos sempre as mesmas medidas ou iremos esperar exatamente os mesmos resultados mostrados.
Confiram as tabelas 2, 3, 4 e 5 para cada característica linear de tipo no Canadá para as raças Holandesa e Jersey.
Artigo por: Dr. Claudio Aragon, diretor de mercados.
Conformação em vacas leiteiras tem sido, há décadas, uma importante ferramenta de seleção genética. Mesmo que as características lineares de conformação não sejam o principal foco em alguns programas de seleção, dar atenção a estas propriedades irá garantir, além de um animal equilibrado, a possibilidade de corrigir possíveis problemas morfológicos no rebanho.
Características lineares de tipo podem diferir muito na quantidade de variação que apresentam e em herdabilidades. Estas diferenças implicam no quanto de progresso fenotípico podemos esperar ao utilizar touros com diferentes provas. Para ajudar a entender o que as provas de touros realmente significam para estas características, a Lactanet criou tabelas que relacionam as provas dos touros com o fenótipo esperado da média das filhas de primeira lactação. Vamos entender mais a seguir:
O básico das avaliações de tipo
As avaliações genéticas para as propriedades de conformação no Canadá, expressam a relativa superioridade de touros e vacas para características lineares, conforme expressas em animais de primeira lactação. As avaliações genéticas são calculadas utilizando dados do programa de classificação da Holstein Canadá para as diversas características lineares. No cálculo é utilizado uma escala de 1 a 9 pontos. Para todas as características, as avaliações publicadas são padronizadas e expressas em relação a base genética, que é definida na raça Holandesa como os touros provados nascidos no período mais recente de 10 anos. A prova média para este grupo de touros (base genética) é forçada a zero, com um desvio padrão de 5 pontos. Com isto, cria-se uma escala de provas que varia de -15 a +15.
Importante lembrar que, uma vez que as avaliações são padronizadas para uma base genética, uma prova de touro igual a zero é representativa do touro médio.
Análise Atualizada
A Lactanet realizou recentemente uma análise para determinar a relação entre as provas dos touros para cada característica linear de tipo e o fenótipo médio das filhas, ou a pontuação esperada na classificação na primeira lactação.
As tabelas abaixo mostram a relação entre as provas dos touros e a pontuação linear média das filhas de primeira lactação, na classificação para as raças Holandesa e Jersey. Para cada raça e cada característica, as tabelas contêm os valores médios na classificação das filhas de primeira lactação dos touros com prova igual a zero, bem como o ganho em pontuação a cada 5 pontos a mais na prova do touro. Para as características que são objetivamente medidas para converter em pontuação, as medidas médias das filhas são colocadas. Como exemplo, veja a característica de estatura na raça Holandesa na tabela 1.
Neste exemplo, interpretamos a tabela da seguinte forma. Para touros com prova igual a zero para Estatura, as filhas de primeira lactação terão, em média, uma pontuação de 6,46, na escala de 1 a 9, na classificação linear. Para cada 5 pontos a mais na prova do touro, teremos um aumento de 0,45 pontos na classificação. Desta forma, um touro com prova de +5 para estatura teria filhas de primeira lactação com média de 6,91 de pontuação na escala de 1 a 9 na classificação. A segunda parte da interpretação para esta característica funciona da seguinte forma: como estatura é uma característica com medida objetiva (que depois é convertida em pontuação), podemos ver a medida média específica para filhas de primeira lactação de touros com prova igual a zero – que é de 150,31 cm. Ou seja, em média, as filhas de touros com prova igual a zero na raça Holandesa, na primeira lactação irão medir 150,31 cm. Para cada 5 pontos a mais na prova do touro, teremos um aumento de 1,15 cm. Ou seja, um touro com prova +5 para estatura teria, em média, filhas com 152,46 cm na primeira lactação.
É importante mencionar que as tabelas estão baseadas em animais que representam a média da população. Sabemos claramente que os rebanhos diferem entre si e, obviamente não teremos sempre as mesmas medidas ou iremos esperar exatamente os mesmos resultados mostrados.
Confiram as tabelas 2, 3, 4 e 5 para cada característica linear de tipo no Canadá para as raças Holandesa e Jersey.
Artigo por: Dr. Claudio Aragon, diretor de mercados.